“Coronavírus não está controlado na sociedade acreana”, diz imunologista

Com o afrouxamento da quarentena, abertura de pequenos comércios e outros setores econômicos, não é difícil encontrar rostos desmascarados e pequenas aglomerações pelas ruas.

Imunologista Guilherme Pulicci/Foto: ContilNet

O baixo número de contágios e a queda na quantidade de mortes, são alguns dos fatores que contribuem para impressão de normalidade e desperta o vício pelos antigos hábitos. Contudo, vale ressaltar que o estado do Acre ainda é atingido pela pandemia do novo coronavírus.

A equipe do ContilNet entrou em contato com o especialista em alergia e imunologia, Guilherme Pulici, para compreender a atual situação pandêmica. O especialista alertou para o momento que ainda estamos vivenciando, lembrando que o vírus permanece infectando e fazendo novas vítimas.

“Não é possível dizer que o novo coronavírus está controlado na sociedade acreana. O que podemos dizer é que os números de casos diminuíram. Há uma boa porcentagem que já deve ter contraído o vírus, nós ainda não temos os números certos, somente os casos confirmados. Muitas pessoas tiveram a forma assintomática e não temos como conferir isso”, destacou.

O médico relembrou que o Acre, atualmente, passa pela fase amarela (período de flexibilização da quarentena, com abertura de setores econômicos).

“As preocupações e os cuidados devem ser os mesmos. Usar máscaras e higienizar bem as mãos, são medidas que vieram para ficar, sem prazo para serem retiradas. Talvez nem com a chegada da vacina. Estamos falando de vírus com capacidade de mutação […] A vacina também terá uma duração, igualmente a vacina da gripe, que precisa ser renovada todo ano. Não estamos falando de um vírus como o da febre amarela, bastando tomar uma única dose e haverá imunidade pelo resto da vida”, ressaltou.

Pulici finalizou a entrevista sendo otimista. Quando questionado sobre as perspectivas e expectativas para o futuro, acrescentou:

“[…] que obtenhamos o controle da doença, que ela passe de uma pandemia e torne-se uma endemia. Entrando no hall de doenças comuns dia a dia. Que as vacinas sejam eficazes, trazendo proteção para toda a população. E que outras tecnologias possam aumentar nosso grau de assepsia, como por exemplo, o ultravioleta que pode causar a morte do novo coronavírus em segundos. Esta, por exemplo, poderia ser uma alternativa para lugares muito fechados (shoppings, shows, teatros etc)”, concluiu.