Trabalhadores de Pando realizam caminhada pedindo apoio e abertura de fronteiras

 

Centrais de trabalhadores da área de saúde, educação, saúde e formais, realizaram uma caminhada pelas principais avenidas de Cobija, capital do estado de Pando, para pedir apoio e abertura das fronteiras com o Brasil e o Peru, para que possa entrar alimentos e remédios principalmente.

Nesse meio, uma das reivindicações, seria a Segundo eles, que os municípios existentes nas fronteiras, não possuem industrias que fabriquem alimentos, todos os artigos da cesta familiar na sua maioria, vêm dos países vizinhos. Os trabalhadores destacam que os preços dos artigos de primeira necessidade estão extremamente caros e o povo não tem trabalho, portanto, não há dinheiro para abastecer e alimentar suas famílias.

Outro problema é que desses países, tem abastecimento da brita, cimento, tijolos, ferros, que são usados em construções e projetos, executados pelo mesmo governo federal, estadual e municípios.

Na cidade de Porto Evo Morales, seus principais compradores são os cidadãos brasileiros, e faz mais de 100 dias que o comércio está parado, sem condições de gerar fontes de trabalho porque não existem vendas, assim como as empresas totalmente paradas.

Estado de Pando já registra cerca de 92 mortes e a Capital, Cobija, já passou dos 1000 casos de infectados pelo novo vírus covid-19.

Contam ainda que na área de saúde, a contratação do pessoal da saúde ficou a cargo apenas do governo federal e as contratações estão paradas, além das condições de trabalhos que são consideradas mínimas, sem material de biossegurança, insumos para os hospitais e postos de saúde, além do medicamento para a luta contra o covid-19, sendo registrados 92 mortes em todo o Estado de Pando até agora.

A falta dos medicamentos para o tratamento, está fazendo com que as farmácias encareçam remédios além das clínicas particulares, sem o devido controle pelas autoridades responsáveis, e sem possibilidades para as pessoas que não tem recursos econômicos para serem atendidas.

Outro fator, seria o desemprego causado pelo Decretos. Os trabalhadores informais foram demitidos sem garantias e muitos estão em casa sem poder sair e sem dinheiro para comprar alimentos.

Fronteira continua fechada com a Bolívia através do Acre – Foto: Alexandre Lima

A Central Trabalhadora Boliviana (COB), que convocou a marcha de protesto chamada de ′′Marcha pela Saúde e pela Vida, Educação e Estabilidade de Trabalho”, juntamente com a Central Trabalhadora Departamental (COED), tem exigências como: Defesa da Educação Gratuita, revogação dos Decretos 4260 e 4272, Defesa da Estabilidade de Trabalho, Cumprimento da Lei 1294 sobre Diferimento de Créditos Bancários e Utilização do Dióxido de Cloro para pacientes positivos com covid-19.

Em alguns lugares houve momentos tensos devido serem abordados pelas forças de segurança, mas conseguiram chegar no centro da capital pandina, onde estão localizados os prédios do governo estadual e municipal.