Após fechar BR, familiares de detentos fazem novo protesto

Após fechar a BR-364, grupo de mais de 100 pessoas, entre familiares e esposas dos presos, realizaram uma manifestação na esquina com a Avenida Ceará e Marechal Deodoro, em Rio Branco, protestando contra as condições dos presos nos presídios estaduais.

Manifestantes fecharam uma das principais vias do Centro/Foto: ContilNet

Dentre as principais reivindicações, estão a mudança de horário das visitas, tanto íntimas, quanto as de fim de semana. Elas denunciam também as péssimas condições dos presos.

Segundo Patrícia Oliveira, a manifestação visa buscar um horário de visita maior, haja vista que só é uma hora. “Nós já fomos agredidas por essas manifestações. Lá a gente coloca do papel higiênico à pasta de dente deles”, destacou.

Entre os manifestantes estão as esposas/Foto: ContilNet

Patrícia diz que no presídio Antônio Amaro já não existem mais visitas. “Agora a visita, é por um vidro. Já pensou uma criança ver o pai por um vidro?”, lamentou afirmando que a manifestação não tem hora para acabar.

Por meio de nota, Lucas Gomes, diretor do Instituto de Administração Penitenciária do Estado do Acre (Iapen/AC), disse que  o decreto que restringe as visitas e estabelece novos horários para a visitação, visam garantir a ordem, a segurança e reduzir o fluxo dentro das unidades penitenciárias, sem ferir o direito à assistência familiar recebida pelos apenados.

“Verificou-se, inclusive, muitos relatos de familiares de que as normas estabelecidas na portaria melhoraram a entrada nos presídios, o que reduziu o longo período de espera em filas e organizou o fluxo de pessoas nas unidades durante os dias de visita”, diz trecho da nota.

Gomes deixou claro ainda que mesmo diante dos protestos, não pretende recuar da decisão “O Iapen mantem o mesmo posicionamento apresentado diante das manifestações anteriores, na certeza de que as mudanças são necessárias pois garantem uma melhor fiscalização na entrada dos presídios, oferecem melhores condições no atendimento dos familiares e fortalecem a segurança de reeducandos, servidores e familiares”.