Militar do Departamento de Pando é condenado por espancar até a morte jovem listado na Marinha do Departamento

Corpo do jovem apresentava marcas de espancamento, relatava familiares / Foto: Facebook Noticias Pando

O tribunal misto de Porvir ordenou detenção preventiva na prisão de Villa Busch para o alferes Pedro R.P.V. alegado responsável por espancar no jovem Maurício Apaza Guarani, de 22 anos, Soldado da Marinha do Departamento, que faleceu no posto militar Santa Rosa del Abuná.
Em audiência cautelar realizada nesta ultima quarta-feira, o Ministério Público acreditou com provas consistentes em ata de registro do local do fato, autópsia médica legal do falecido, relatório policial e outros elementos, também referiu a existência de riscos processuais, que foram valorizados pela autoridade jurisdicional e ordenou a reclusão militar de 28 anos, imputado por homicídio.
De acordo com o relatório policial, o alferes declarou que – no último dia 30 de junho – o marinheiro foi posto a exercícios físicos por tentar desertar do seu quartel, mas teria desaparecido. No entanto, o exame forense revela que sofreu um choque hipovolêmico por hemorragia, alegadamente por vários golpes.
Após o fato de sangue, investigadores da polícia e uma comissão da promotoria se deslocaram para a Capitania Porto Menor de Santa Rosa do Abuná, á 167 Km da capital pandina (Cobija), para pegar declaração para conscritos e instrutores, além de Pegar todos os indícios que permitam estabelecer a verdade histórica dos fatos.
Segunda-feira, 5 de julho, após a declaração informativa junto do Ministério Público, o alferes foi imputado por alegado crime de homicídio, então apreendido e transferido para celas da Força Especial de Luta Contra o Crime (Felcc) na capital pandina.
CERTIFICADO DE DEFUNÇÃO REVELA GOLPIZA
Apaza foi a óbito por motivo de sangramento-choque hipovolêmico hemorrágico, tinha o baço lacerado e um trauma abdominal fechado, diz o certificado forense. A polícia e o Ministério Público abriram uma investigação sobre o crime de assassinato contra os que são culpados. Em algumas declarações, foi possível evidenciar contradições.
A família pede uma pesquisa transparente, para esclarecer as condições em que Maurício Apaza faleceu, apontam que há muitas contradições. A mãe diz que seu filho tinha várias feridas, cicatrizes, hematomas em diferentes partes do seu corpo, acredita que ele foi submetido a muitos abusos e duvida que seu filho tente desertar.