Base de governo bate-boca, troca farpas e acusações enquanto oposicionistas apenas assistem no plenário da Aleac

Por Ray Melo, do Notícias da Hora

Quem tem uma base de governo igual a Gladson Cameli não precisa de oposição. Os deputados da base de governo bateram boca e trocaram farpas na manhã desta quarta-feira (10) no debate sobre os 100 dias da atual administração.

Após elogios rasgados e repetitivos do deputado Neném Almeida, o emedebista Roberto Duarte fez duras criticas ao governo Cameli. Ele afirma que foram 100 dias jogados fora e alegou que os eleitores estariam arrependidos.

Com os oposicionistas perplexos e apenas assistindo a contenda dos deputados da base de governo, Roberto Duarte ameaçou levar os secretários à Justiça caso não atendam as solicitações dos deputados e repassem informações.

“Se não recebermos as informações em tempo hábil, nós acionaremos a Justiça, penalizando os secretários que não prestarem informações aos representantes legítimos do povo acreano”, ressalta o emedebista Duarte.

O deputado Neném Almeida solicitou um aparte, repetiu os elogios e não soube informar uma obra inaugurada pela atual administração. Neném conseguiu apenas dizer que o governado Gladson Cameli merecia parabéns.

“Em três minutos do meu aparte, vossa excelência não conseguiu convencer nem a si mesmo. Vossa excelência não acompanha sequer as redes sociais. A população que o elegeu dever estar decepcionada”, enfatiza Roberto Duarte.

O emedebista que, em tese, faz parte da base de governo, retrucou os colegas e reafirmou que o governo Cameli “não está bom e tem muito o que melhorar. São 100 dias jogados fora de uma administração que não mostrou a que veio”.

O líder do governo, Gerlen Diniz (Progressistas) usou a tribuna para rebater Duarte. O progressista afirma que Roberto estaria procurando publicidade para seu mandato e estaria dotando uma linha critica ao governo do Acre.

Diniz pediu que o emedebista repetisse seu discurso “para os concursados que estavam há dois anos sem ser convocado. Diga para a família que não recebeu seu décimo terceiro para comprar sua ceia”, rebateu o governista.

Para Diniz, o seu colega de base governista não anda pelo estado para saber de todas as ações e avanços proporcionados pelo governo de Gladson Cameli em todos os setores nos primeiros 100 dias do governo Cameli.

Cumprindo papel de bombeiro, o petista Daniel Zen ponderou e disse que os 100 dias seriam pouco para avaliar o governo Cameli, mas que as falhas “por pura birra” deveriam ser corrigidas e não tentassem reinventar a roda.