Brasileiros envolvidos em facções são suspeitos de explosão em presídio na Bolívia

Duas pessoas morreram e pelo menos outras 27 ficaram feridas durante uma explosão de bomba no presídio de Comovi, em Trindad, interior da Bolívia, na noite desta segunda-feira (11), noticiou o jornal “Expresso” diário de Santa Cruz de La Sierra. O dispositivo que causou a explosão teria sido acionado por um brasileiro que cumpre pena no presídio, por onde já há registro também da existência das facções brasileiras “PCC” (Primeiro Comando da Capital) e “CV” (Comando Vermelho). A explosão ocorreu após uma briga entre presos das facções rivais.

Alguns dos presos deram entrada no hospital da cidade com ferimentos graves, principalmente nas pernas. Informações da polícia boliviana dão conta de que os explosivos podem ter entrado no presídio através de um brasileiro, que faria parte do PCC, grupo criminoso nascido em São Paulo, no Brasil, e que vem tentando se expandir no país vizinho.

A polícia boliviana investiga se os explosivos entraram no presídio misturados a alimentos. O artefato explosivo teria sido colocado no meio de alguns móveis na semana passada, por uma pessoa identificada como Lucas Rosendy Saraiba, o brasileiro suspeito de ser principal responsável pela explosão.

Durante uma briga entre presos pelo controle do presídio, o artefato foi acionado deixando 27 feridos e no mínimo dois mortos. A Bolívia está acionando o Brasil para que seja acelerado a extradição de condenados envolvidas com o grupo criminosos no país.

Uma das vítimas da explosão foi identificada como Mauricio Soliz Rojas, cidadão boliviano e condenado a 30 anos de prisão pelo envolvimento em uma rebelião no presídio de Palmasola em 2018, além de outros crimes, como o de pistolagem.