Idoso achado morto com as mãos amarradas pode ter sofrido um mal súbito durante assalto, diz polícia

O idoso Elídio Ferreira Cavalcante, de 77 anos, pode ter tido um mal súbito enquanto bandidos assaltavam a casa dele e acabou morrendo na tarde dessa quarta-feira (10). Essa é a principal linha de investigação da Polícia Civil do Acre.

A vítima foi achada morta na parte de trás da casa, que fica no bairro Cidade Nova, em Rio Branco, com o rosto coberto por um pano e um fio enrolado no pescoço. Conforme a apuração policial, Cavalcante teve a casa invadida, objetos e pertences roubados por criminosos.

Nesta quinta (11), o delegado de Polícia Civil Lucas Pereira explicou que aguarda o laudo necroscópico do Instituto Médico Legal (IML) para saber a causa exata do óbito do idoso. Segundo o delegado, a vítima não tinha marcas visíveis de violência física.

“Amarraram um senhor de 77 anos que não tinha a mínima condição de reagir ao assalto, foi uma atitude totalmente desproporcional dos assaltantes, que culminou nessa tragédia desse senhor. Um ato de covardia que vai ser reprimido aí com o maior rigor pela Polícia Civil”, afirmou Pereira.

Moradores acionaram a polícia após acharem o cadáver. Ainda na quarta, a polícia chegou a informou que uma neta do idoso esteve no local e relatou que havia marcas no chão, como se o avô tivesse sido arrastado da casa até o quintal.

O delegado destacou que os criminosos podem ser indiciados por latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Para ele, os assaltantes assumiram o risco quando amarraram um idoso que não tinha chances de defesa e o roubo terminou em morte.

“O cenário está sendo desenhado para caracterizar um latrocínio, que é roubo seguido de morte. Através da conduta do roubo dos agentes, a vítima acaba morrendo. No caso dos agentes empregar a violência em cima da vítima pra segurar a subtração do bem ou da fuga dos assaltantes”, confirmou.

Pereira acrescentou ainda que está levantando os objetos levados no assalto. A polícia ainda não conseguiu prender nenhum suspeito do crime. “Estamos entrevistando as testemunhas e constatar o que realmente foi subtraído do seu Elídio”, relatou.