Rio Juruá continua subindo e seis comunidades têm energia suspensa

Os moradores de parte dos bairros Miritizal, da Lagoa, das comunidades rurais Estirão do Remanso, Olivença, Praia Grande e Boca do Moa, em Cruzeiro do Sul, tiveram o fornecimento de energia elétrica suspenso, nesta sexta-feira (23), por causa do nível do Rio Juruá.

Em vistorias, a Defesa Civil avaliou que seria necessário o desligamento da rede de energia dessas localidades para evitar o risco de acidentes.

Uma equipe da Defesa Civil de Cruzeiro do Sul e servidores da Eletrobras visitaram, durante esta sexta-feira, as áreas inundadas. De acordo com o gerente da empresa, José Melo, com a chegada da água nos terrenos das casas e nas ruas, há riscos de curto-circuito no aterramento da rede elétrica, por isso, o sistema precisa ser desligado.

“Essa é uma medida para evitar o perigo para as pessoas dessas comunidades, porque se houver um vazamento de energia, o risco de acidente é muito grande. Por isso, estamos realizando as vistorias com o Corpo de Bombeiros e com a Defesa Civil e, onde constatarmos que tem o risco, temos que desligar”, explicou o representante da Eletrobras.

Mil famílias sem energia

Segundo a empresa, mais de 1 mil famílias tiveram o fornecimento de energia suspenso nesta sexta-feira. Se o nível do rio continuar subindo, esse número poderá chegar a 2 mil consumidores. Além das seis comunidades que já tiveram a energia desligada, a outra parte do Miritizal, os bairros Cruzeirinho, Várzea, e as comunidades Florianópolis e Tapiri também estão sendo afetadas pela enchente e podem ter o fornecimento suspenso.

“Inclusive já estamos deslocando equipes para essas comunidades para fazer uma avaliação, se tiver água no pé do poste, ou do medidor das residências, vai ser desligado também para evitar esse tipo de acidente”, advertiu Melo.

O Rio Juruá chegou à marca dos 12,80 metros na manhã de sexta-feira e transbordou neste sábado (24). Na medição das 6h, o rio chegou a 13,08 metros, acima cota de transbordo que é de 13 m. No entanto, de acordo com o Corpo de Bombeiros, a previsão é que a enchente comece a perder forças nos próximos dias, pois já apresenta vazante em alguns municípios.

Em Marechal Thaumaturgo, o volume de águas baixou 1,5 metro em dois dias. Mesmo assim, a Defesa Civil em Cruzeiro do Sul continua em alerta e monitora diariamente as regiões onde a cheia do rio já afetou as casas.

Por Mazinho Rogério, G1