No Acre, 22 pessoas perderam a vida de forma violenta em julho; total de vítimas chega a 131 em 2022

Vinte e duas pessoas perderam a vida de forma violenta no Acre no mês de julho. Com isso, o total de vítimas chegou a 131 nos sete meses deste ano. Os dados são da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sejusp) enviados ao g1.

Do total de mortes registradas em julho, 19 foram vítimas de homicídio doloso, uma mulher foi vítima de feminicídio e outras duas pessoas morreram por intervenção policial. O levantamento não registrou, neste mês, vítimas de latrocínio e nem de lesão corporal.

Em relação aos dados do mesmo período do ano passado, houve um aumento de 83,3% no total de mortes violentas. Doze pessoas morreram dessa forma em julho de 2021.

Alguns casos

No início de julho, Tamires Barbosa Rodrigues, de 32 anos, foi achada morta, na Rua Vicente Carneiro de Sousa, bairro Manchete, em Plácido de Castro, interior do Acre. De acordo com as informações da Polícia Civil, ela foi degolada.

Na época, a polícia ainda não tinha suspeitos e nem a motivação do crime.

Na capital, James Oliveira Moura, de 33 anos, foi uma das vítimas da violência. Ele foi executado com pelo menos 20 tiros na Avenida Jorge Cardoso, no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, região do Segundo Distrito de Rio Branco, no dia 5 de julho.

Conforme informações do Centro de Operações Policiais Militares (Copom), por volta das 21h, a vítima trafegava em uma motocicleta quando foi abordada por criminosos e assassinada. Após os disparos, os bandidos fugiram do local.

Na zona rural de Rio Branco, Édson Sales Magalhães, de 20 anos, foi morto com tiro de espingarda, na madrugada de 10 de julho, durante uma festa clandestina em um bar no Ramal Circular, no quilômetro 7 da Estrada Transacreana.

Já no dia 20 de julho, a PM foi chamada para atender uma ocorrência de violência doméstica no bairro Mocinha Magalhães, na capital acreana. A ocorrência terminou na morte de Antônio Bezerra Rodrigues, de 35 anos.

A mãe do homem teria ligado dizendo que o filho tinha chegado em casa alterado psicologicamente, provavelmente sob o efeito de drogas, em posse de arma de fogo, e lhe ameaçado de morte, chegando a colocar a arma em sua cabeça.

Ao chegarem no local, os policiais foram informados de que o autor das ameaças estava em um cômodo nos fundos da casa e que em nome dele havia um mandado de prisão a ser cumprido por tentativa de homicídio. A equipe foi para os fundos da casa e acabou surpreendida pelo homem com uma arma.

Ele teria apontado a arma em direção ao comandante da equipe policial, foi baleado e morreu no pronto-socorro.