Após fiscalização, hospital de Xapuri tem quatro dias para resolver falta de médico

Após o Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) constatar uma série de irregularidades durante fiscalização no Hospital Epaminondas Jácome no município de Xapuri, e encaminhar um relatório ao Ministério Público do Estado, a unidade recebeu um prazo para se regularizar a situação.

A vistoria do CRM foi realizada no último dia 12 de dezembro, durante cronograma especial de fiscalizações na pandemia de Covid-19, conforme orientação do Conselho Federal de Medicina. Entre as várias irregularidades, o CRM-AC constatou que a unidade conta apenas com quatro médicos no corpo clínico, ficando apenas um por plantão para atender a todas as emergências da unidade de saúde.

Além disso, o aparelho de Raio-X está quebrado há mais de dois meses. No relatório enviado ao MPAC, o CRM destacou a necessidade da compra de um novo equipamento em caráter de urgência. Outro ponto foi a falta de sonar – aparelho utilizado para escutar o coração do feto durante o atendimento no centro obstétrico da unidade.

Após receber o relatório, o Ministério Público solicitou uma reunião com o Conselho, a direção da unidade de Xapuri e a Secretaria Estadual de Saúde para saber quais irregularidades já foram corrigidas. O encontro ocorreu por videoconferência nesta terça-feira (12).

Durante a reunião, foi informado que o aparelho de Raio-X foi consertado após a vistoria e que a unidade já está com aparelho de sonar. Com relação ao déficit médico, o MP deu um prazo de quatro dias para que o problema seja resolvido.

“O Ministério Público se sensibilizou após receber nosso relatório que demonstrava todas as irregularidades constatadas na unidade e, buscando uma melhoria do serviço para a população, tivemos essa reunião. Foi dado esse prazo para a contratação de mais profissionais médicos e eles já nos informaram que agora vão ser dois médicos na escala. Sobre o aparelho de Raio X, o MP concordou com a gente que a unidade precisa de um equipamento novo para diagnósticos mais precisos. Já com relação aos demais itens pontuados no relatório, o MP deu um prazo maior. Agora, nós vamos buscar, junto com o MP, uma parceria com o município para tentar ajudar no atendimento à população”, afirmou a presidente do CRM, Dra. Leuda Dávalos.

Com informações do CRM/AC.