Com 5,96 metros na capital, Rio Acre registra a menor cota dos últimos seis anos

Rio Acre na capital tem uma das menores cotas dos últimos seis anos — Foto: Eldérico Silva/Rede Amazônica Acre/Arquivo

Rio Acre na capital tem uma das menores cotas dos últimos seis anos — Foto: Eldérico Silva/Rede Amazônica Acre/Arquivo

Com 5,96 metros marcados nesta segunda-feira (30) na capital acreana, o Rio Acre apresenta uma das menores cotas registradas nos últimos seis anos. Em 2017, na mesma data, o manancial marcava 10,65 metros em Rio Branco.

Dados da Defesa Civil Municipal mostram como estava o nível do manancial na mesma dada desde 2017.

Confira:

  • 2017: 10,65 metros
  • 2018: 9,66 metros
  • 2019: 10,21 metros
  • 2020: 10,15 metros
  • 2021: 12,76 metros
  • 2022: 7,76 metros

“Consideramos uma cota baixa sim, uma das mais baixas dos últimos anos e isso é bom, relativamente, mas que não traz segurança de que não haja um aumento repentino do rio”, destacou o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão.

A insegurança citada pelo coronel é referente à subida repentina do nível do rio na última quarta-feira (19), quando chegou a 10,12 metros. As águas chegaram à marca de 10,62 metros no dia seguinte, 10,18 metros na sexta (21) e começaram a vazar.

“Tivemos um aumento de 1,70 metro em uma semana e a cota estava mais baixa do que está agora. Então, se essa semana inteira chover, a gente recupera 4 metros [no nível] do rio e aí vamos para 11 metros. Por isso, não é uma cota segura, mesmo estando baixa e vamos entrar agora nos meses mais críticos, que são fevereiro e março”, frissou.

Risco de inundação

O coordenador relembra que os meses que mais chovem no estado são os próximos, fevereiro e março, e que são nessas épocas que o rio costuma transbordar e alagar diversos bairros.

Em fevereiro de 2021, por exemplo, a capital e várias cidades do interior sofreram com as inundações. Foi decretada calamidade pública na época e mais de 13 mil moradores foram atingidos.

Já em março de 2022, a cheia do Rio Acre atingiu mais de 100 famílias na capital e outras 900 foram monitoradas.

“Nossas estatísticas não são favoráveis para que a gente pense que não haverá uma inundação. Nós da Defesa Civil trabalhamos sempre com o pior cenário, ou seja, devemos sempre estar preparados mesmo que o desastre não aconteça. Temos nosso plano de contingência, que foi apresentado para a prefeitura, temos, inclusive, o pedido de cessão do Parque de Exposições para construção de abrigos, monitoramos as famílias, o rio constantemente e também a zona rural. Então, tudo isso que fazemos é para esse tipo de cenário, que só vamos poder realmente fica tranquilo depois do final de março em diante”, ressaltou.