Caso Juliana Chaar: advogado que atirou durante confusão em bar volta a ser preso no Acre




Advogado sacou arma e atirou durante confusão que terminou com morte de Juliana Chaar
O advogado Keldheky Maia da Silva foi preso novamente nesta quinta-feira (7) pela Polícia Civil. Ele era amigo da assessora jurídica Juliana Chaar Marçal, que morreu atropelada em junho durante uma confusão em um bar de Rio Branco.
A Justiça mandou prender Keldheky por tentativa de homicídio. Ele foi levado para a Delegacia de Flagrantes (Defla) para dar depoimento. Depois, foi encaminhado para uma sala especial no Batalhão de Operações Especiais (Bope). Keldheky vai passar por uma audiência de custódia nesta sexta-feira (8).
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Juliana foi atropelada pela caminhonete dirigida por Diego Luiz Passo, que estava envolvido na confusão. A polícia foi chamada, inicialmente, por causa de tiros disparados na rua por Keldheky Maia. Imagens de câmeras de seguranças mostraram Juliana tentando conter o amigo para evitar que alguém fosse baleado. (Veja vídeo acima)
No dia da confusão ele foi preso, mas liberado na audiência de custódia no dia seguinte. Juliana morreu horas depois no Pronto-Socorro de Rio Branco.
O motorista da caminhonete teve a prisão temporária decretada no dia seguinte a fatalidade. Ele fugiu do local do acidente, escapou de um cerco policial montado para prendê-lo no dia 12 de julho na zona rural do Bujari e se entregou para a Polícia Penal e Grupo Especial de Fronteiras (Gefron) três dias depois.
Keldheky Maia foi preso novamente nesta quinta-feira (7)
Reprodução
À Rede Amazônica Acre, a defesa de Keldheky disse que repudia a prisão preventiva do advogado e vai entrar com um pedido de habeas corpus. Segundo Paula Belmino, o cliente não representa perigo para a sociedade, nem atrapalha o andamento do processo ou o cumprimento da lei.
“A defesa confia que a verdade prevalecerá e que a Justiça reconhecerá a inexistência de qualquer motivo legítimo para a manutenção dessa medida extrema”, diz. (Confira nota na íntegra abaixo).
Relembre o caso
A servidora do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, morreu após ser atropelada durante uma confusão na casa noturna Dibuteco, na Rua São Sebastião, bairro Isaura Parente, em Rio Branco. O atropelamento ocorreu por volta das 5h48 do dia 21 de junho.
Juliana Chaar chegou a ser socorrida e levada ao hospital, mas não resistiu e morreu horas depois
Reprodução
Diego Luiz Passo dirigia a caminhonete que atingiu Juliana e fugiu do local. A Justiça chegou a decretar a prisão dele, mas ele não se entregou e nem foi encontrado pelos policiais. A defesa do suspeito entrou com um pedido de revogação de prisão no dia 23 de junho.
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O pedido de prisão, solicitado pela Polícia Civil, foi encaminhado à Justiça após a análise das imagens que mostram o momento em que Juliana é atropelada por uma caminhonete preta durante o tumulto na saída da boate.
Diego alegou que não viu Juliana, antes de bater com a caminhonete nela. A defesa diz que Diego não tinha a intenção de atropelar a servidora, que tentou retornar para prestar socorro, contudo, ficou com medo da aglomeração e fugiu.
Defesa do advogado
A defesa do dr. Keldheky reafirma sua absoluta confiança na Justiça e repudia a decretação de sua prisão preventiva, medida que, além de desnecessária, carece dos requisitos previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal. Não há risco à ordem pública, à instrução processual ou à aplicação da lei penal que justifique a restrição de sua liberdade.
O dr. Keldheky jamais se furtou a responder por seus atos. Pelo contrário: desde o primeiro dia das investigações, colocou-se à disposição das autoridades, atendeu a todos os chamados e colaborou de forma ampla e irrestrita. Tanto é assim que, ao ser informado pela Polícia Civil de que havia um mandado de prisão em aberto, apresentou-se imediatamente e de forma voluntária, sem qualquer resistência.
É importante frisar que nunca houve tentativa de frustrar diligências, de interferir nas apurações ou de dificultar o trabalho da Polícia. A prisão preventiva, neste caso, mostra-se desprovida de justa causa, uma vez que o próprio histórico de conduta do Dr. Keldheky revela respeito às instituições e disposição plena para esclarecer os fatos.
A defesa confia que a verdade prevalecerá e que a Justiça reconhecerá a inexistência de qualquer motivo legítimo para a manutenção dessa medida extrema.
Paula Belmino
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