Mais da metade da população do Acre vive na linha da pobreza, aponta levantamento
Por G1 Acre
O Acre está entre os 9 estados em que a maior parte da população é composta por pessoas em situação de pobreza; são cerca de 439.783 moradores nessa situação, segundo estudo do Instituto Jones dos Santos Neves, com base nos dados de 2022 da PNAD, do IBGE.
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Cerca de 439.783 moradores do Acre vivem na linha da pobreza, o que representa 53% da população do estado. O total corresponde a mais da metade da população acreana. Os dados foram levantados pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes a 2022.
São consideradas em situação de pobreza pessoas que vivem com até R$ 665,02 mensais.
Outras 121.977 pessoas estão na linha de extrema pobreza, ou seja, 14,7% da população vive com R$ 208,73 por mês.
No Brasil, mais de 10 milhões de brasileiros saíram da linha de pobreza no país em 2022. O levantamento mostra que a taxa de pobreza brasileira caiu de 38,2% para 33% entre 2021 e 2022. Mesmo assim, a maioria da população do Acre e outros oito estados vivem apenas com R$ 665,02 por mês.
Veja a lista dos estados:
- Maranhão (58,9%)
- Amazonas (56,7%)
- Alagoas (56,2%)
- Paraíba (54,6%)
- Ceará (53,4%)
- Pernambuco (53,2%)
- Acre (52,9%)
- Bahia (51,6%)
- Piauí (50,4%)
Extrema pobreza
O número de brasileiros vivendo na extrema pobreza também diminuiu, conforme o estudo. Em 2021 eram 20,03 milhões de pessoas vivendo em situação de miséria e esse número caiu para 13,72 milhões em 2022. A taxa de extrema pobreza no Brasil foi de 6,4% nesse último ano.
O Acre é um dos 14 estados com taxas de extrema pobreza superiores à média do país. O estado, inclusive, está entre as três federações com as maiores taxas. Veja abaixo as federações com as taxas mais elevadas do Brasil:
- Maranhão – 15,9%
- Acre – 14,7%
- Alagoas – 14,1%
Como as taxas são feitas
O Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) é uma autarquia governamental vinculada à Secretaria de Economia e Planejamento (SEP) do Estado do Espírito Santo.
Para o cálculo das taxas, foram consideradas as linhas de pobreza e extrema pobreza estabelecidas pelo Banco Mundial — ou seja, US$ 6,85 per capita/dia e US$ 2,15 per capita/dia, respectivamente.
Os valores foram convertidos pela Paridade de Poder de Compra (PPC/2017), que é um método alternativo à taxa de câmbio e leva em conta o valor demandado para adquirir a mesma quantidade de bens e serviços no mercado interno de cada nação em comparação com o mercado norte-americano.
Assim, as referências mensais das linhas de pobreza e extrema pobreza tomadas como limites foram R$ 665,02 e R$ 208,73, a valores de 2022.