Crianças e adolescentes precisam de mais atenção familiar, alerta Eduardo Veloso

O deputado Eduardo Veloso presidiu na Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira(20),uma audiência pública sob o tema “Impacto das redes sociais na saúde mental de crianças e adolescentes”. O evento – que aproveitou a campanha nacional Setembro Amarelo, Mês de Prevenção ao Suicídio-contou com a participação de parlamentares ,especialistas e interessados que puderam participar e debater, de forma presencial e virtual ,um assunto extremamente atual e oportuno .
A audiência pública, extremamente didática e de forma científica, trouxe as mais recentes abordagens da questão das redes socias e seus efeitos na vida de adolescentes e crianças. Médico de formação, Eduardo Veloso destacou que a Internet, principalmente depois do surgimento da Covid 19,passou a ter uma importância cada vez maior no quotidiano das pessoas, ”sobretudo de crianças e adolescentes, especialmente numa fase da vida em que está sendo formado o caráter da pessoa”.
O medico acreano destacou que , como qualquer ferramenta nova(e ainda desconhecida em suas consequências), as redes socias podem ser usadas de maneira benéfica ou extremamente nociva, “sobretudo numa faixa etária(de crianças/adolescentes)em que a pessoa se mostra extremamente vulnerável as informações transmitidas, que podem prejudicar o desenvolvimento cognitivo, emocional, comportamental, físico e social da pessoa ainda em formação”.
Portanto, explica o deputado, é necessário que ao fazer uso das redes sociais na haja moderação e total fiscalização(sobretudo da família) tanto da criança quanto do adolescente que devem ser supervisionados até que tenham condições psíquicas de entender melhor o mundo da tecnologia, “para que não ocorram infortúnios”. Neste sentido, enfatiza o deputado, é preciso reafirmar que a saúde mental só se consolida na vida adulta através do pleno uso do discernimento, ”coisa que só se forma com a idade”.
Apoio familiar
O parlamentar acreano e muitos dos debatedores salientaram que , na infância/juventude , a convivência familiar fraterna “é absolutamente fundamental para evitar os desvios”. Segundo Veloso, a influência nociva das redes sociais são evidentes na formação dos chamados transtornos, “que podem ter desdobramentos surpreendentes e até irreparáveis”.
Veloso chamou a atenção para a necessidade de detectar sintomas visíveis em crianças e adolescentes, “dentre eles um dos mais comuns: o isolamento”. Assim, destaca Veloso, um acompanhamento preventivo através do diálogo franco e aberto aliado ao apoio afetivo e efetivo, “servem de anteparo a muitos desequilíbrios emocionais que podem levar a extremos, como a vida desregrada e o recurso às drogas, assim como o próprio suicídio”.