Suspeito baleado durante assalto em barbearia de Rio Branco fica paraplégico

Iapen pediu a substituição da prisão preventiva por domiciliar alegando não ter suporte necessário para tratamento do preso — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Iapen pediu a substituição da prisão preventiva por domiciliar alegando não ter suporte necessário para tratamento do preso — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Após ser baleado durante um assalto a uma barbearia no bairro Cadeia Velha, em Rio Branco, no último dia 21 de dezembro, o suspeito Júlio Cezar do Nascimento sofreu uma fratura lombar e ficou paraplégico.

Durante o assalto, um policial que estava no local reagiu e trocou tiros com os bandidos. Na ação, além de Nascimento, que na época estava em monitoramento eletrônico, três clientes ficaram feridos.

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Entre as vítimas estava um adolescente de 14 anos, que foi atingido por um disparo de arma de fogo na altura da coxa, atingindo o fêmur. Na época, o Pronto Socorro confirmou que o menino estava internado no Centro Cirúrgico, assim como o suspeito e outra vítima. O g1 não conseguiu atualizar neste domingo (8) o estado de saúde das vítimas até última atualização desta reportagem.

Devido ao estado de saúde do preso, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) pediu na Justiça a substituição da prisão preventiva de Nascimento por domiciliar. A justificativa, segundo documento anexado ao processo, é que o instituto “não possui suporte necessário para o tratamento” de casos como o do preso.

Conforme o documento, o Iapen detalha que, em razão do tiro que levou, o preso sofreu traumatismo raquimedular com paraplegia sensitivo motora, ou seja, perdeu os movimentos nas regiões torácica e lombar.

O Ministério Público do Estado (MP-AC) se manifestou favorável ao pedido do Iapen. Ao analisar o caso, a juíza Shirlei Menezes, da Vara de Delitos de Roubo e Extorsão de Rio Branco, entendeu que ficou comprovado o estado de saúde grave do preso e considerou a situação da UBS prisional com relação à carência de condições necessárias para atendimento do caso.

Na decisão, a magistrada determinou que ele vá para prisão domiciliar sob monitoramento eletrônico, não podendo sair de casa sem autorização judicial, exceto em caso de tratamento médico. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do suspeito.