Quarto lugar em pedidos de refúgio, Acre abriga 59 migrantes com nível superior

Por wesley cardoso

Ac 24 Horas

A agência da Organização das Nações Unidas para os refugiados aprimorou os dados sobre refúgio no País, criando um painel interativo que mostra, entre outros informes, que há 69 migrantes com nível superior de escolaridade vivendo no Acre. A maioria está em Rio Branco (59 pessoas), mas Cruzeiro do Sul, Tarauacá e Brasiléia também receberam contingentes como esse. Eles chegaram ao Estado entre 2018 e 2023.

De acordo com dados divulgados na última edição do relatório “Refúgio em Números”, apenas em 2022, no Brasil, foram feitas 50.355 solicitações da condição de refugiado, provenientes de 139 países. As principais nacionalidades solicitantes em 2022 foram venezuelanas (67%), cubanas (10,9%) e angolanas (6,8%).

Em 2022, o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) reconheceu 5.795 pessoas como refugiadas. Os homens corresponderam a 56% desse total e as mulheres, a 44%. Além disso, 46,8% das pessoas reconhecidas como refugiadas eram crianças, adolescentes e jovens com até 24 anos de idade.

Do total, 57,8% das solicitações apreciadas pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) foram registradas nas Unidades da Federação (UFs) que compõem a região norte do Brasil.

O Estado de Roraima concentrou o maior volume de solicitações de refúgio apreciadas pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) em 2022 (41,6%), seguido por Amazonas (11,3%) e Acre (3,3%).

No ano de 2022, a categoria de fundamentação mais aplicada para o reconhecimento da condição de refugiado foi “Grave e Generalizada Violação dos Direitos Humanos (GGVDH)”, responsável por 82,4% do total de fundamentações, seguida por “Opinião Política”, que representou 10,9% desse total.